A “Comédia do Cerco” é uma peça escrita, composta e interpretada exclusivamente para o Festival de San Bernabé, em Logroño, e com “pessoas locais”, o que é um orgulho, uma vez que é uma produção de Logroño com atores e voluntários da própria cidade.

Esta Comédia é uma representação que recria o cerco a que as tropas francesas submeteram os habitantes de Logroño em 1521, com as formas do teatro que estavam para ser representadas nesse momento da história. Este gênero se chamava Comédia de Arte, comédia dos criados, ou também comédia dos bobos, um teatro “mais popular e lúdico”, se trata de temas universais: amor, fome, morte, dinheiro…

Este tipo de teatro é aparentemente apresentado como uma arte improvisada, como se tudo o que acontece no palco fosse o resultado da inspiração do ator na altura. Nada poderia ser mais falso. É uma peça que foi estudada e trabalhada, até ao último pormenor. A improvisação dos comediantes da Arte, com os seus jogos cômicos, e canções, – com música ao vivo – é um exemplo perfeito da Arte Teatral em letras maiúsculas. Tratamos de uma linguagem simples e direita, um teatro que entretêm audiências de todas as idades.

A Comédia do Cerco propõe personagens reconhecíveis por todos (o velho avarento, o criado travesso, o amante, o pedante…). Por ser um teatro festivo e de rua, são utilizadas máscaras de couro, cujas raízes encontram-se nas festividades e ritos dos Carnavais da Idade Média.